


Acusado de homofobia pode cumprir pena alternativa, diz delegadaKátia Esteves diz que caso tem características claras de homofobia. Vítimas se disseram humilhadas.
Fotos: Yala Sena/Cidadeverde.com
Evora Fênix disse que se sentiu humilhada durante manifestação
A delegada Kátia Esteves, titular da Delegacia de Combate às Práticas Discriminatórias, afirmou nesta quinta-feira (21) ao Cidadeverde.com que o estudante Luís Afonso de Oliveira Ferreira, de 18 anos, será indiciado por injúria, ameaça e gestos obscenos no incidente em que foi acusado por atitude homofóbica contra manifestantes que faziam panfletagem no Centro de Teresina. Eles divulgaram a realização da Parada da Diversidade quando o jovem protestou por considerar o movimento um incentivo ao homossexualismo.
Kátia disse que vai registrar Termo Circunstanciado de Ocorrência pelo crime prever pena inferior a dois anos. O caso será levado para o juizado especial, para que seja julgado e a pena determinada em caso de condenação, que poderá ser de prestação de serviços.
Nos depoimentos, as vítimas disseram à delegada que o estudante afirmou: "O que vocês estão fazendo aqui é uma apologia à viadagem, não podem ficar nesta praça. Aqui é local de família". Luís teria dito ainda que não bateria em uma das manifestantes porque ela é mulher. A delegada declarou que existem características claras de homofobia no caso.
Evora Fênix, drag queen que distribuía os panfletos e pregava adesivos com a frase "Eu sou defensor da diversidade", disse que se sentiu agredida por só fazer seu trabalho como qualquer pessoa.
Já Artemildes Silva, coordenadora do Centro de Referência Homossexual, considerou o ato absurdo em pleno século XXI, especialmente por partir de um jovem, desrespeitando a liberdade de expressão e o espaço público na divulgação de um ato público, que é a Parada da Diversidade.
Yala Sena (flash da delegacia)Fábio Lima (da redação)redacao@cidadeverde.com
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