O Coletivo Nacional de Lésbicas Negras Feministas Autônomas – CANDACES BR, tem como diretriz principal a visibilidade, letramento e empoderamento das lésbicas negras sendo destituído de preconceitos e discriminação de qualquer natureza (racismo, sexismo, lesbofobia, discriminação racial e todas as discriminações correlatas). Compondo-se de um espaço para o exercício da solidariedade e construção dos conceitos de promoção de Cidadania e Direitos das Lésbicas Negras, no desenvolvimento da consciência crítica visando autonomia e transformação do indivíduo para que este se torne agente transformador em nossa sociedade.

O Coletivo Candaces tem como finalidade a luta pelo estabelecimento de uma política eficiente de saúde publica ligada a feminização da AIDS, através do Plano Integrado de Enfrentamento à Feminização da Epidemia da AIDS e outras DST, bem como desenvolver projetos voltados para a promoção da cultura, educação ambiental, comunicação, arte e gênero.

O Candaces também traz a preocupação e o recorte das pessoas com deficiência, nesse caso em específico as lésbicas e bissexuais, com algum tipo de deficiência. Para a garantia das especificidades no contexto geral das Políticas Públicas, no reconhecimento enquanto sujeitos políticos da história. Não são privilégios, mas sim uma atenção diferenciada dentro da política de saúde nacional, respeitando sempre as condições e limitações das pessoas com deficiência. Nesse sentido torna-se de suma importância que o segmento das pessoas com deficiência seja consultado na elaboração de novas propostas de Políticas Públicas visando sempre à acessibilidade e a inclusão social para todos.

domingo, 15 de junho de 2008

moções aprovadas na conferencia da sociedade civil das américas - GT vítimas (LGBT, pessoas vivendo com HIV/AIDS, Sistema Prisional)


MOÇÃO DE REPÚDIO
AO GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL


Nós, delegadas e delegados da Conferência da Sociedade Civil das Américas preparatória para a Conferência Mundial de Revisão de Durban, realizada em Brasília/DF – Brasil, nos dias 13 a 15 de junho de 2008, REPUDIAMOS o Governo do Distrito Federal por não regulamentar até hoje a Lei distrital 2.615, aprovada no ano 2000, que pune crimes contra a liberdade no exercício da orientação sexual e a livre expressão da identidade de gênero.
MOÇÃO DE REPÚDIO
ÀS FORÇAS ARMADAS BRASILEIRAS


Nós, delegadas e delegados da Conferência da Sociedade Civil das Américas preparatória para a Conferência Mundial de Revisão de Durban, realizada em Brasília/DF – Brasil, nos dias 13 a 15 de junho de 2008, REPUDIAMOS as Forças Armadas Brasileiras por manterem uma Legislação militar discriminatória, a qual impede a liberdade no exercício da orientação sexual e a livre expressão da identidade de gênero. REPUDIAMOS em particular o Exército Brasileiro, ante a denúncias públicas, pelos tratamento preconceituoso que, relata-se, vem empregando contra militares como “Laci” e Fernando, companheiros do mesmo sexo, que têm atestado serem vítimas de intimidações, impedimento de acesso a tratamento médico, e mesmo tortura, em função da intolerência institucional contra sua orientação sexual, práticas essas que afrontam a dignidade humana.
MOÇÃO DE REPÚDIO
ÀS ADIs 3197 E 3330


Nós, delegadas e delegados da Conferência da Sociedade Civil das Américas preparatória para a Conferência Mundial de Revisão de Durban, realizada em Brasília/DF – Brasil, nos dias 13 a 15 de junho de 2008, dirigimo-nos ao Supremo Tribunal Federal – STF do Brasil, que apreciará duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade: a ADI 3330, contra o programa PROUNI, e a ADI 3197, contra a lei de cotas nos concursos vestibulares estaduais do Rio de Janeiro, para demonstrar nosso REPÚDIO a essas ADIs, pois apoiamos a implementação de políticas afirmativas para a população negra, como o PROUNI e os diferentes Sistemas de Cotas para Negros nas universidades, os quais buscam reparações específicas a comunidades historicamente apartadas do direito à igualdade constitucionalmente estabelecido.
MOÇÃO DE LOUVOR
ÀS UNIVERSIDADES COM AÇÕES AFIRMATIVAS PARA NEGRAS E NEGROS


Nós, delegadas e delegados da Conferência da Sociedade Civil das Américas preparatória para a Conferência Mundial de Revisão de Durban, realizada em Brasília/DF – Brasil, nos dias 13 a 15 de junho de 2008, LOUVAMOS todas as universidades que promovem ações afirmativas para a população negra, como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que ainda hoje luta para garantir sua política afirmativa; a Universidade Federal de São Carlos, que aprovou recentemente essa ação afirmativa; a Universidade Federal da Bahia, que enfrentou o racismo institucional; a Universidade Federal de Tocantins, que valoriza a população indígena; e a Universidade de Brasília, que implementa e mantém, desde 2003, um Sistema de Cotas para Negros que ampliou exponencialmente o acesso de estudantes negros ao Ensino Superior, e cuja primeira turma de 43 estudantes se formará neste semestre.
MOÇÃO DE APOIO
À PL 122/2006


Nós, delegadas e delegados da Conferência da Sociedade Civil das Américas preparatória para a Conferência Mundial de Revisão de Durban, realizada em Brasília/DF – Brasil, nos dias 13 a 15 de junho de 2008, APOIAMOS a aprovação do Projeto de Lei (PL) 122/2006, do Congresso Nacional Brasileiro, que criminaliza a discriminação contra a liberdade no exercício da orientação sexual e a livre expressão da identidade de gênero.

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