O Coletivo Nacional de Lésbicas Negras Feministas Autônomas – CANDACES BR, tem como diretriz principal a visibilidade, letramento e empoderamento das lésbicas negras sendo destituído de preconceitos e discriminação de qualquer natureza (racismo, sexismo, lesbofobia, discriminação racial e todas as discriminações correlatas). Compondo-se de um espaço para o exercício da solidariedade e construção dos conceitos de promoção de Cidadania e Direitos das Lésbicas Negras, no desenvolvimento da consciência crítica visando autonomia e transformação do indivíduo para que este se torne agente transformador em nossa sociedade.

O Coletivo Candaces tem como finalidade a luta pelo estabelecimento de uma política eficiente de saúde publica ligada a feminização da AIDS, através do Plano Integrado de Enfrentamento à Feminização da Epidemia da AIDS e outras DST, bem como desenvolver projetos voltados para a promoção da cultura, educação ambiental, comunicação, arte e gênero.

O Candaces também traz a preocupação e o recorte das pessoas com deficiência, nesse caso em específico as lésbicas e bissexuais, com algum tipo de deficiência. Para a garantia das especificidades no contexto geral das Políticas Públicas, no reconhecimento enquanto sujeitos políticos da história. Não são privilégios, mas sim uma atenção diferenciada dentro da política de saúde nacional, respeitando sempre as condições e limitações das pessoas com deficiência. Nesse sentido torna-se de suma importância que o segmento das pessoas com deficiência seja consultado na elaboração de novas propostas de Políticas Públicas visando sempre à acessibilidade e a inclusão social para todos.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Veja programação completa do VI Ciclo de Debates 'Construindo Políticas para GLBT'

Não é só de celebração que é feita a programação do mês do Orgulho GLBT. Conheça aqui as diversas palestras e debates, com estudiosos e personalidades da comunidade GLBT, que farão parte das comemorações.Com o objetivo de promover discussões a respeito da cidadania plena para gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais, além de reforçar o cunho político da Parada de São Paulo, a Associação da Parada do Orgulho GLBT (APOGLBT) realiza todos os anos, dentro da programação do Mês do Orgulho, um Ciclo de Debates que acontece às vèsperas da manifestação.Neste ano, na sexta edição do Ciclo, haverá um diálogo inédito entre a militância GLBT e o Conselho Regional de Psicologia (CRP) que debaterá sobre os mitos e estigmas que envolvem a homossexualidade, bem como, sobre a constatação de que nenhuma orientação sexual pode ser considerada doença pela comunidade médica.A psicóloga Sandra Elena Sposito, representante do CRP de São Paulo e coordenadora do grupo de trabalho 'Psicologia e Questões GLBTTT' avisa que o papel de uma entidade profissional da psicologia é colaborar com o combate a homofobia e apresentar contribuições que possam qualificar a luta pelo reconhecimento da população GLBTTT e a garantia de seus Direitos. 'A organização desse ciclo constitui-se uma grande oportunidade de efetivar um diálogo com diferentes instâncias, estudantes, psicólogos, militantes e população em geral e fortalecer a luta contra preconceitos', garante a psicóloga.
Para a coordenadora do Ciclo de Debates, a antropóloga Anna Paula Vencato, o tema será discutido num momento providencial:'É um diálogo inédito e importante, especialmente numa época em que começa a existir clínicas e psicólogos que prometem curar a homossexualidade, a despeito da resolução do conselho de que homossexualidade não é doença'. Outro assunto relevante que será discutido no encontro é a questão do Estado Laico, tema oficial da Parada GLBT 2008. Você já sabe o que é Estado laico e porquê defendê-lo? O tema da Parada GLBT deste ano foi definido numa reunião que aconteceu entre os membros da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo (APOGLBT) e diversos ativistas. 'Homofobia Mata! Por um Estado laico de fato' foi a frase escolhida para estampar a campanha pró-direitos GLBTs da maior manifestação do gênero no mundo. Mas afinal, você sabe o que é Estado laico? Segundo Valeria Melki Busin, mestranda do programa Ciências da Religião da PUC de São Paulo e representante da entidade 'Católicas pelo Direito de Decidir', muita gente não sabe ainda o que significa este termo e nem a importância desta reivindicação por parte da comunidade GLBTT. Por conta disso, Valeria definiu claramente do que se trata: Estado laico
'É um Estado neutro. Suas leis e ações (políticas públicas) não seguem princípios de nenhuma religião específica e qualquer pessoa tem liberdade de professar a religião que escolher. Nenhuma é privilegiada, nenhuma é discriminada. Só existe democracia e justiça se o Estado for laico de fato.' Por que pedir a legitimidade do Estado laico?'Para que um Estado seja laico de fato, as leis e as políticas públicas devem ser feitas sem se basear em valores ou princípios de nenhuma religião. Para a comunidade LGBTTI, não existirá cidadania plena enquanto o Estado não for laico de verdade, porque algumas religiões tradicionais não aprovam a diversidade sexual e consideram legítima apenas a família constituída por homem, mulher e filhas (os). Se o Estado continuar se pautando por essas religiões, continuará condenando milhões de pessoas a uma cidadania incompleta, porque não garantirá para todas/os, por exemplo, o direito à constituição de uma família protegida pela lei. O papel do Estado é garantir que todas as pessoas tenham os mesmos direitos, jamais impondo ao conjunto da sociedade - ou mesmo a uma parcela dela - restrições advindas de crenças de parte da sociedade, ainda que seja majoritária. Os seguidores de cada religião cumprem sua fé e sua pertença religiosa da forma que acharem melhor, mas o Estado deve ser governado para contemplar a todas e todos.' A 12ª edição da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo acontecerá no dia 25 de maio, a partir das 12h. O evento reuniu no ano passado cerca de 3,5 milhões de pessoas. A organização é da APOGLBT. Para mais informações acesse:
http://www.paradasp.org.br/paradasp2008/


IMPORTANTE: As inscrições e solicitações de certificados serão realizadas no dia/local das mesas.Os debates acontecerão nos dias 19 e 21 de maio e serão gratuitos.
Confira a programação:Mesa 1: As questões GLBTT e a formação do psicólogo: desafios e possibilidadesData: 19 de maio de 2008Horário: 14 - 17 hLocal: Auditório do CRP/SP - Rua Arruda Alvim, 89 - Jd. América - São Paulo/SPParceria: Conselho Regional de Psicologia de São Paulo - CRP-SP- Wiliam Siqueira Peres (Doutor em Saúde Coletiva, Psicólogo, Professor UNESP) - Emanoel Faria Santos (Universidade Salesiana em São Paulo – UNISAL)- Representante da ABEP (Associação Brasileira de Ensino de Psicologia)
Mesa 2: A atuação do psicólogo junto a população GLBTT: questões éticas e técnicasData: 19 de maio de 2008Horário: 19 - 22 hLocal: Auditório do CRP/SP - Rua Arruda Alvim, 89 - Jd. América - São Paulo/SPParceria: Conselho Regional de Psicologia de São Paulo - CRP-SP- Ana Bock (Doutora em Psicologia, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo)
- Maria Jaqueline Coelho Pinto (Doutora em Psicologia, atua na avaliação psicológica e acompanhamento de pessoas em processo de readequação sexual).- Pedro Bicalho (Doutor em Psicologia, Professor da UFRJ,conselheiro do CRP-RJ)- Sandra Elena Sposito (psicóloga, conselheira do CRP/SP, Coordenadora do GT: Psicologia e Questões GLBTTT,Professora Universitária)
Mesa 3: Estado Laico e Direitos Sexuais - a questão GLBTTTData: 21 de maio de 2008Horário: 18h30 - 21 hLocal: Auditório da Prefeitura de São Paulo - Rua Libero Badaró 485 - 3o andarParceria: Católicas pelo Direito de Decidir- Soninha Francine (Vereadora da Cidade de São Paulo)- Representante do Católicas pelo Direito de Decidir - aguardando confirmação de convidada

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