O Coletivo Nacional de Lésbicas Negras Feministas Autônomas – CANDACES BR, tem como diretriz principal a visibilidade, letramento e empoderamento das lésbicas negras sendo destituído de preconceitos e discriminação de qualquer natureza (racismo, sexismo, lesbofobia, discriminação racial e todas as discriminações correlatas). Compondo-se de um espaço para o exercício da solidariedade e construção dos conceitos de promoção de Cidadania e Direitos das Lésbicas Negras, no desenvolvimento da consciência crítica visando autonomia e transformação do indivíduo para que este se torne agente transformador em nossa sociedade.

O Coletivo Candaces tem como finalidade a luta pelo estabelecimento de uma política eficiente de saúde publica ligada a feminização da AIDS, através do Plano Integrado de Enfrentamento à Feminização da Epidemia da AIDS e outras DST, bem como desenvolver projetos voltados para a promoção da cultura, educação ambiental, comunicação, arte e gênero.

O Candaces também traz a preocupação e o recorte das pessoas com deficiência, nesse caso em específico as lésbicas e bissexuais, com algum tipo de deficiência. Para a garantia das especificidades no contexto geral das Políticas Públicas, no reconhecimento enquanto sujeitos políticos da história. Não são privilégios, mas sim uma atenção diferenciada dentro da política de saúde nacional, respeitando sempre as condições e limitações das pessoas com deficiência. Nesse sentido torna-se de suma importância que o segmento das pessoas com deficiência seja consultado na elaboração de novas propostas de Políticas Públicas visando sempre à acessibilidade e a inclusão social para todos.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Pesquisa sobre tráfico de mulheres é referência para elaboração de políticas públicas de saúde-Mídia em Geral

Baseados em pesquisa da Universidade de Brasília, representantes do governo federal e da sociedade civil discutem hoje (1º), em Brasília, políticas de saúde direcionadas para mulheres vítimas do tráfico de pessoas. O estudo, feito em fronteiras brasileiras e nos países da Europa, detectou rotas de tráfico de mulheres e analisou as condições de saúde em que elas vivem.
“A gente ouve falar em tráfico de pessoas e pensa só em problemas de polícia e segurança pública, mas, por trás, existe uma série de problemas sociais e de saúde que precisa ser enfrentada”, defendeu o professor e coordenador do estudo, Mário Angelo Silva.
De acordo com ele, observou-se que, frequentemente, essas mulheres têm disfunções hormonais, dado que surpreendeu os pesquisadores. “Para não menstruar e não perder alguns dias de trabalho, muitas tomam pílula anticoncepcional ininterruptamente, o que leva a sérios problemas físicos e psicológicos”, disse. Muitas sofrem também com a dependência química já que a associação entre tráfico de pessoas e tráfico de drogas é muito comum.
Para melhorar a situação das mulheres, o pesquisador acredita que é preciso adotar medidas que garantam acesso ao serviço de saúde no exterior, pois, por migrarem ilegalmente, elas temem procurar hospitais ou postos de saúde nestes países. Além disso, é necessário criar programas e ações de saúde específicos para quando elas voltam ao Brasil.
Durante a abertura do seminário Saúde, Migração e Tráfico de Mulheres: o que o SUS Precisa Saber, o coordenador de Ações Programáticas Estratégicas do Ministério da Saúde, José Luiz Telles, também destacou a necessidade de um serviço de atenção à saúde direcionado a vítimas do tráfico de pessoas. “Os agravos são mais profundos do que as doenças sexualmente transmissíveis que elas possam ter contraído. É fundamental que haja um atendimento psíquico para essas pessoas que sofreram e que voltam em frangalhos”, afirmou.
Fonte:  Agência Brasil

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