Nós Mulheres Lésbicas, Bissexuais, Transexuais, Heteras, reunidas no II Encontro Paranaense de Lésbicas – SEPALE, manifestamos o nosso repúdio a violência psicológica e constrangedora, praticada no dia 29 de agosto de 2008, no restaurante do SESC, onde a Sra. Teresa Mendes de Souza, foi impedida de forma autoritária por um funcionário à sua entrada durante o horário do almoço, onde com a desculpa da mesma necessitar possuir um cartão magnético de comerciaria travou a catraca, alterou o tom de voz, utilizando de um vocabulário Machista, Racista e tendo uma atitude de violência Sexista.
Conforme o relato de Teresa a seguir:
“Compareci na sexta-feira, dia 29 de agosto, no SESC na minha condição de não comerciaria, para almoçar, consciente do valor estipulado pela empresa, seguindo o costume de outras experiências que tenho de almoçar em outras regionais da empresa no Brasil. Ao chegar ao SESC da cidade de Curitiba fui impedida de acessar o restaurante com a desculpa de que Eu necessitaria de um cartão de identificação como não comerciaria, aleguei ao funcionário que jamais havia sido impedida de ingressar sem possuir o cartão magnético. A mesma situação repetiu-se cinco vezes seguidas por diferentes funcionários, quando o diretor comparece e me informa, depois de dada as devidas explicações pela sexta vez, que Eu deveria me retirar e procurar outro restaurante para me alimentar. Devido a circunstância e me sentido lesada de meus direitos enquanto cidadã, entrei no recinto, entrei na fila para me servir,almocei enquanto era sendo observada por todos os funcionários que já haviam chamado a policia militar que se aproxima e pede que eu acompanhe eles até a cozinha, porém disse que terminaria de almoçar após terminar, me levantei e o policial solicitou que lhe acompanhasse, então disse a ele que iria ao banheiro, quando de repente fui imobilizada e conduzida até a cozinha da empresa. Lá, fui algemada enquanto o diretor, os policiais e mais uma funcionária me agrediam verbalmente fui retirada do recinto algemada pela porta dos fundos. Consta ocorrência no 1º Distrito Policial \ SIAC, e quando fui liberada retornei ao restaurante da empresa para pagar o consumido,onde não foi aceito o pagamento”.
Considerando que, Teresa Mendes de Souza é brasileira, artesã, militante social e mulher negra, observamos que o motivo de tanta arbitrariedade não passou de mais uma manifestação de discriminação da imagem étnica e social representada em Teresa como em tantas outras ocasiões já noticiadas pela imprensa da cidade de Curitiba.
29 de agosto de 2008.
Ártemis – Associação de Lésbicas do Paraná;
Rede Mulheres Negras do Paraná;
Coletivo Nacional de Lésbicas Negras Feministas – Candaces BR.
Rede Nacional da Promoção e Controle da saúde das Lésbicas Negras – SAPATÀ.
Fórum de Ong Aids do Paraná.
Coletivo de Mulheres da ABGLT
Ylê Axé Opó Omin
Grupo Arco-ìris –Rj
Grupo de Amor a Vida – GAV
Diglés
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