O Coletivo Nacional de Lésbicas Negras Feministas Autônomas – CANDACES BR, tem como diretriz principal a visibilidade, letramento e empoderamento das lésbicas negras sendo destituído de preconceitos e discriminação de qualquer natureza (racismo, sexismo, lesbofobia, discriminação racial e todas as discriminações correlatas). Compondo-se de um espaço para o exercício da solidariedade e construção dos conceitos de promoção de Cidadania e Direitos das Lésbicas Negras, no desenvolvimento da consciência crítica visando autonomia e transformação do indivíduo para que este se torne agente transformador em nossa sociedade.

O Coletivo Candaces tem como finalidade a luta pelo estabelecimento de uma política eficiente de saúde publica ligada a feminização da AIDS, através do Plano Integrado de Enfrentamento à Feminização da Epidemia da AIDS e outras DST, bem como desenvolver projetos voltados para a promoção da cultura, educação ambiental, comunicação, arte e gênero.

O Candaces também traz a preocupação e o recorte das pessoas com deficiência, nesse caso em específico as lésbicas e bissexuais, com algum tipo de deficiência. Para a garantia das especificidades no contexto geral das Políticas Públicas, no reconhecimento enquanto sujeitos políticos da história. Não são privilégios, mas sim uma atenção diferenciada dentro da política de saúde nacional, respeitando sempre as condições e limitações das pessoas com deficiência. Nesse sentido torna-se de suma importância que o segmento das pessoas com deficiência seja consultado na elaboração de novas propostas de Políticas Públicas visando sempre à acessibilidade e a inclusão social para todos.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Moçãõ de Repúdio - Caso Teresa -CTBA


MOÇÃO DE REPÚDIO

Nós Mulheres Lésbicas, Bissexuais, Transexuais, Heteras, reunidas no II Encontro Paranaense de Lésbicas – SEPALE, manifestamos o nosso repúdio a violência psicológica e constrangedora, praticada no dia 29 de agosto de 2008, no restaurante do SESC, onde a Sra. Teresa Mendes de Souza, foi impedida de forma autoritária por um funcionário à sua entrada durante o horário do almoço, onde com a desculpa da mesma necessitar possuir um cartão magnético de comerciaria travou a catraca, alterou o tom de voz, utilizando de um vocabulário Machista, Racista e tendo uma atitude de violência Sexista.
Conforme o relato de Teresa a seguir:
“Compareci na sexta-feira, dia 29 de agosto, no SESC na minha condição de não comerciaria, para almoçar, consciente do valor estipulado pela empresa, seguindo o costume de outras experiências que tenho de almoçar em outras regionais da empresa no Brasil. Ao chegar ao SESC da cidade de Curitiba fui impedida de acessar o restaurante com a desculpa de que Eu necessitaria de um cartão de identificação como não comerciaria, aleguei ao funcionário que jamais havia sido impedida de ingressar sem possuir o cartão magnético. A mesma situação repetiu-se cinco vezes seguidas por diferentes funcionários, quando o diretor comparece e me informa, depois de dada as devidas explicações pela sexta vez, que Eu deveria me retirar e procurar outro restaurante para me alimentar. Devido a circunstância e me sentido lesada de meus direitos enquanto cidadã, entrei no recinto, entrei na fila para me servir,almocei enquanto era sendo observada por todos os funcionários que já haviam chamado a policia militar que se aproxima e pede que eu acompanhe eles até a cozinha, porém disse que terminaria de almoçar após terminar, me levantei e o policial solicitou que lhe acompanhasse, então disse a ele que iria ao banheiro, quando de repente fui imobilizada e conduzida até a cozinha da empresa. Lá, fui algemada enquanto o diretor, os policiais e mais uma funcionária me agrediam verbalmente fui retirada do recinto algemada pela porta dos fundos. Consta ocorrência no 1º Distrito Policial \ SIAC, e quando fui liberada retornei ao restaurante da empresa para pagar o consumido,onde não foi aceito o pagamento”.
Considerando que, Teresa Mendes de Souza é brasileira, artesã, militante social e mulher negra, observamos que o motivo de tanta arbitrariedade não passou de mais uma manifestação de discriminação da imagem étnica e social representada em Teresa como em tantas outras ocasiões já noticiadas pela imprensa da cidade de Curitiba.
29 de agosto de 2008.



Ártemis – Associação de Lésbicas do Paraná;
Rede Mulheres Negras do Paraná;
Coletivo Nacional de Lésbicas Negras Feministas – Candaces BR.
Rede Nacional da Promoção e Controle da saúde das Lésbicas Negras – SAPATÀ.
Fórum de Ong Aids do Paraná.
Coletivo de Mulheres da ABGLT
Ylê Axé Opó Omin
Grupo Arco-ìris –Rj
Grupo de Amor a Vida – GAV
Diglés




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