O Coletivo Nacional de Lésbicas Negras Feministas Autônomas – CANDACES BR, tem como diretriz principal a visibilidade, letramento e empoderamento das lésbicas negras sendo destituído de preconceitos e discriminação de qualquer natureza (racismo, sexismo, lesbofobia, discriminação racial e todas as discriminações correlatas). Compondo-se de um espaço para o exercício da solidariedade e construção dos conceitos de promoção de Cidadania e Direitos das Lésbicas Negras, no desenvolvimento da consciência crítica visando autonomia e transformação do indivíduo para que este se torne agente transformador em nossa sociedade.

O Coletivo Candaces tem como finalidade a luta pelo estabelecimento de uma política eficiente de saúde publica ligada a feminização da AIDS, através do Plano Integrado de Enfrentamento à Feminização da Epidemia da AIDS e outras DST, bem como desenvolver projetos voltados para a promoção da cultura, educação ambiental, comunicação, arte e gênero.

O Candaces também traz a preocupação e o recorte das pessoas com deficiência, nesse caso em específico as lésbicas e bissexuais, com algum tipo de deficiência. Para a garantia das especificidades no contexto geral das Políticas Públicas, no reconhecimento enquanto sujeitos políticos da história. Não são privilégios, mas sim uma atenção diferenciada dentro da política de saúde nacional, respeitando sempre as condições e limitações das pessoas com deficiência. Nesse sentido torna-se de suma importância que o segmento das pessoas com deficiência seja consultado na elaboração de novas propostas de Políticas Públicas visando sempre à acessibilidade e a inclusão social para todos.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Prezad@s,Acontece em Santiago, Chile, entre os dias 19 e 21 de novembro, nas instalações da CEPAL, o Seminário Censos 2010 y la inclusión del enfoque étnico - Hacia una construcción participativa con pueblos indígenas y arodescedientes de América Latina.
O objetivo deste seminário é possibilitar a construção de instrumentos mais adequados de inclusão e visibilização das populações indígenas e afrodescendentes nos Censos populacionais da região. Busca-se elaborar consensos políticos e técnicos para a elaboração de pesquisas populacionais oficiais inclusivas, desde a perspectiva do direito humano à informação.
Organizado por diferentes organismos das Nações Unidas (CELADE-CEPAL, UNICEF, UNFPA, UNIFEM, CEA-CEPAL, OPS, FONDO INDIGENA E AECID), ele conta com a participação tanto de representantes dos institutos de pesquisa de população dos diferentes países (o IBGE mandou representante), representantes dos organismos organizadores, de governos (Sr.Carlos Moura representa a SEPPIR e Sr. Ivair dos Santos representa a Secretaria de Direitos Humanos, Sra. Luana Pinheiro, a SPM ), representantes da sociedade civil de diferentes países.Do Brasil estão presentas, além dos representantes governamentais citados, representantes de UNIFEM Maria Inês Barbosa e Ana Carolina Querino, Marcelo Paixão (UFRJ), Wania Sant'Anna (falado da experiência da Campanha Não Deixe sua Cor Passar em Branco), Nilza Iraci (Geledés), Edna Muniz (CEERT), Marcos Cardoso (CONEM) e eu, Jurema Werneck(CRIOLA)De outros países, estão presentes Romero Rodriguez, Celeo Alvares, Epsy Campbell, Sergia Galvá, Palmira Ríos, Humberto Brown e vários outros.Questões técnicas, de direito e políticas tem siido apresentadas e debatidas, onde se verifica que o desafio de elaborar Censos inclusivos esbarra ainda na resistência de muitos (apoiada em visões racistas). Ainda assim, verifica-se também que já há exigências legais (convenções e tratados internacionais assinados pelos países), bom como pressão política de parte de indígenas e afrodescedentes para que tais pesquisas sejam feitas. Nota-se também a crescente qualiificação tecnica entre nós, que tem mudado o patamar dos debates.Ainda se apresenta como desafio para a sociedade civil agir articuladamente para confrontar os limites impostos plas visões racistas de muitos técnicos e institutos.Os trabalhos do 21 de novembro serão dedicados à elaboração de propostas de ação.
Abs,Jurema Werneck

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